terça-feira, 10 de junho de 2014

Cultura Yanomami 


Trata-se de um povo muito alegre. Festejam em alturas de boa colheita faz ainda parte dos seus costumes. Têm por habito caçar e pescar em grupo. Quando regressam, moqueiam os animais, que é uma forma de preservar a carne. Em seguida, chamam as aldeias vizinhas para fazerem parte das comemorações. É nestas alturas que se reúnem, cantam, dançam e ainda discutem entre si o que se passou durante o dia.

Faz igualmente parte da cultura destes grupos pintar o corpo com corantes diversos. Em altura de festa costumam untar a pele com argila branca e os homens enfeitam-se com braceletes multicolores confeccionadas com a plumagem de alguns pássaros. 


Costumam perfurar o lóbulo da orelha para colocar pedaços de bambu, plumas e flores. Também é vulgar perfurarem o septo nasal e os cantos dos lábios para inserirem os palitos de bambu. Os adornos femininos são mais ténues, feitos com cerne de palmeiras, flores ou maços de folhas perfumadas que introduzem em cilindros vegetais colocados nos furos das orelhas.

Hábitos e Costumes


A divisão de tarefas é de acordo com o sexo. Os homens desenvolvem caça individual (que dura menos tempo) e caça coletiva de animais como anta, macaco e aves.
A tarefa das mulheres é trabalhar no roçado e cultivar as plantações. Elas também carregam pesadas cargas de toras pequenas de madeiras e mandiocas e são responsáveis por fazer beiju, uma das refeições comuns entre os yanomami.

O banho é separado. Em um pequeno igarapé de água permanentemente fria as mulheres (inclusive as não-indígenas) lavam louça e tomam banho junto com as crianças. Os homens usam outro braço do igarapé, na parte mais baixa.  

As aldeias, que podem ser constituídas por uma ou várias casas (“malocas”), mantêm entre si vários níveis de comunicação, desenvolvendo-se relações econômicas, matrimoniais, rituais ou de rivalidade.

Mitos e Ritos Yanomamis



O mundo espiritual do povo Yanomami é bastante rico. Eles acreditam que o Universo é formado por três camadas de terras sobrepostas. Na camada superior moram os mortos e os seres mitológicos, em baixo desta camada, vivem vários espíritos que asseguram, para que não caia, pois ela é velha e rachada. Na camada do meio vivem os homens e um grande número de espíritos. Acreditam ainda que cada homem tem um ego e um animal e se o matarem, matam também a pessoa com que ele é relacionado. E na camada de baixo habitam seres carnívoros e terríveis.

No ritual de morte eles colocam o corpo num jirau e penduram os corpos em árvores. Após algum tempo, quando o corpo já se decompôs, recolhem os ossos e queimam-nos. Em rituais familiares, os parentes misturam um pouco das cinzas ao mingau de banana e bebem. O restante é enterrado no mesmo lugar onde fizeram o fogo e, por fim, todos os pertencentes do morto são queimados.



Influências da cultura indígena da sociedade



Herdamos vários costumes da cultura indígena, não apenas da yanomami em si, porém de várias outras que podemos destacar:
  • O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas. Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de suas ocas (suas habitações nas aldeias).
  • A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).
  • Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade.